O Brasil tinha a chance de gerar lucro e mudanças importantes com a Copa do Mundo deste ano, sem realizar nenhum gasto público, como fez os Estados Unidos no evento de 1994. A poucos meses para os jogos, porém, se mostra o maior gastador de verbas do governo em Mundial de Futebol.
A organização da copa 2014 já custa cerca de 28 bilhões de reais segundo Luis Fernandes coordenador da Gecopa. Porém até o fim a previsão chega a alcançar 33 bilhões. Deste dinheiro 85,5% deve ser custeado a partir de verbas públicas.
Seria a chance do Brasil se beneficiar da copa como já fizeram diversos países, porém isso não irá acontecer serão retirados bilhões de reais dos cofres públicos que não terão retorno com a vinda de turistas como aconteceu na Alemanha em 2006.
Observem o acréscimo no valor dos estádios:
ESTÁDIO
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VALOR EM 2010**
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VALOR EM 2014**
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VARIAÇÃO
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Mineirão (Belo Horizonte)
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R$ 426.100.000,00
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R$ 695.000.000,00
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63%
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Estádio Nacional (Brasília)
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R$ 745.300.000,00
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R$ 1.403.000.000,00
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88%
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Arena Pantanal (Cuiabá)
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R$ 454.200.000,00
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R$ 570.100.000,00
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26%
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Arena da Baixada (Curitiba)
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R$ 184.500.000,00
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R$ 326.700.000,00
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77%
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Castelão (Fortaleza)
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R$ 623.000.000,00
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R$ 518.600.000,00
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-17%
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Arena da Amazônia (Manaus)
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R$ 515.000.000,00
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R$ 669.500.000,00
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30%
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Arena das Dunas (Natal)
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R$ 350.000.000,00
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R$ 400.000.000,00
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14%
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Beira-Rio (Porto Alegre)
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R$ 130.000.000,00
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R$ 330.000.000,00
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154%
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Arena Pernambuco (Recife*)
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R$ 529.500.000,00
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R$ 532.600.000,00
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1%
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Maracanã (Rio de Janeiro)
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R$ 600.000.000,00
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R$ 1.050.000.000,00
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75%
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Fonte Nova (Salvador)
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R$ 591.700.000,00
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R$ 1.609.500.000,00
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172%
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Estádio de São Paulo (São Paulo)
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R$ 240.000.000,00
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R$ 820.000.000,00
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242%
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TOTAL
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R$ 5.389.300.000,00
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R$ 8.925.000.000,00
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66%
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No total o valor subiu 66% do que era previsto em 2010. No Rio de Janeiro, foram programados projetos e ações em três aeroportos, um estádio, três ações de mobilidade urbana, uma de segurança pública, seis de telecomunicações, oito de desenvolvimento turístico e uma relacionada a estruturas temporárias. Segundo informações disponíveis no site do Tribunal de Contas da União, para isso, os financiamentos federais ficaram em R$ 1,5 bi, com aplicação direta de recursos federais de R$ 829,8 mi, estaduais de R$ 862,5 mi e municipais de R$ 514 mi.
* Texto organizado por Trévor Ragnini.
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